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A hepatite medicamentosa, também conhecida como lesão hepática induzida por drogas (DILI), é uma condição séria que pode surgir como uma reação adversa a diversos medicamentos. Embora seja relativamente rara, a DILI pode levar a complicações graves, como insuficiência hepática aguda, e até mesmo ser fatal.
Um Amplo Espectro de Medicamentos
Praticamente qualquer medicamento pode causar DILI, mas alguns grupos apresentam maior risco, como antibióticos, anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), anticonvulsivantes, antidepressivos e medicamentos para o coração. Um estudo publicado no Journal of Hepatology (2022) revisou os medicamentos mais comumente associados à DILI e seus mecanismos de toxicidade hepática.
Sintomas Silenciosos e Variáveis
A DILI pode se manifestar de forma aguda ou crônica, com sintomas que variam desde leves, como náuseas e fadiga, até graves, como icterícia (amarelamento da pele e olhos) e encefalopatia hepática (comprometimento da função cerebral). Em muitos casos, a DILI é assintomática e só é detectada por meio de exames laboratoriais de rotina.
Farmacovigilância e Prevenção
A farmacovigilância, que monitora a segurança dos medicamentos após sua comercialização, é fundamental para identificar e prevenir a DILI. Profissionais de saúde e pacientes devem estar atentos aos sinais e sintomas de lesão hepática e relatar qualquer suspeita de DILI às autoridades sanitárias.
Tratamento e Prognóstico
O tratamento da DILI envolve a suspensão imediata do medicamento suspeito e o manejo das complicações hepáticas. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de medicamentos hepatoprotetores ou, em situações mais graves, o transplante de fígado. O prognóstico da DILI varia de acordo com a gravidade da lesão hepática e a rapidez do diagnóstico e tratamento.