Caos nas Farmácias: Anvisa Perde Controle de Remédios Controlados e Deixa Brasil à Deriva!

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está em meio a uma crise sem precedentes, com um apagão de dados que já dura dois anos sobre a venda e prescrição de medicamentos controlados, abrindo uma brecha assustadora para consumo abusivo, desvio para uso ilícito e uma catástrofe na saúde pública.

Em um movimento que surpreendeu muitos, a Anvisa interrompeu o SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados) em 2021 devido a supostas “instabilidades” na plataforma. Desde então, o Brasil enfrenta um vazio informativo crucial. Anteriormente, o sistema capturava informações valiosas de farmácias sobre prescrições e vendas, permitindo a vigilância sanitária detectar fraudes e monitorar o uso adequado de medicamentos.

A falta desses dados essenciais deixa o país vulnerável a uma série de riscos graves. Medicamentos como opioides podem levar a dependências severas, enquanto antibióticos enfrentam resistência crescente, tornando-se um perigo eminente à saúde. Nos EUA, o uso indiscriminado de opioides resultou em 80 mil mortes por overdose em 2021!

Ademais, o vácuo de informações potencializa o mercado paralelo, abrindo caminho para a produção e venda clandestina de substâncias controladas. E enquanto a Anvisa tropeça, a indústria farmacêutica se beneficia, monitorando prescrições e influenciando práticas médicas, o que, segundo Adriano Massuda, pesquisador da FGV-Saúde, pode resultar em manipulação do mercado.

A situação é tão alarmante que, para tentar conter o estrago, a Anvisa agora depende de fiscalizações presenciais em mais de 90 mil farmácias pelo país. No entanto, essa abordagem é inadequada, ineficiente e deixa lacunas significativas na coleta de dados.

Tatiana Ferreira, especialista em saúde pública, expressa profunda preocupação com a perda irreparável de informações valiosas: “É terrível não ter mais essas informações.” Além disso, a cada mês que passa sem uma solução, o Brasil arrisca perder uma parte crucial de seu histórico de dados, prejudicando ainda mais futuras pesquisas e políticas de saúde.