Em meus sonhos, a praia se transformou em um cenário agridoce. O mar, antes tão convidativo, agora parecia distante e frio. Senti uma presença ao meu lado, e ao me virar, vi César com uma expressão sombria no rosto.
“- Carol, preciso te dizer algo.”
Sua voz era grave, carregada de emoção. Meu coração disparou, pressentindo o que estava por vir.
“- Eu… eu não te amo mais como antes. Preciso seguir meu caminho, encontrar minha própria felicidade.”
Suas palavras me atingiram como um soco no estômago. Senti um nó na garganta, as lágrimas ameaçando transbordar.
“- Mas… por quê? O que eu fiz de errado?”
“- Você não fez nada, Carol. É que… eu mudei, meus sentimentos mudaram. Não quero te prender a algo que já não existe.”
Tentei argumentar, implorar, mas as palavras não saíam. A dor era insuportável, sufocante.
“- Não me deixe, César. Por favor…”
Implorei, agarrando sua mão com desespero. Mas ele se soltou delicadamente, um olhar de tristeza em seus olhos.
“- Preciso ir, Carol. Cuide-se.”
E então, ele se foi. Desapareceu na névoa do sonho, me deixando sozinha com a dor da perda. Acordei com o coração aos pedaços, as lágrimas molhando o travesseiro. A sensação de despedida era tão real, tão intensa, que me fez questionar se não passava de um sonho.
Agora, presa nesta cama de hospital, a saudade de César me consome. A lembrança de suas palavras ecoa em minha mente, me torturando. Será que ele realmente não me amava? Será que a nossa história juntos não significou nada para ele?
A dor da perda é dilacerante, mas em meio ao sofrimento, uma pequena chama de esperança se acende em meu coração. Talvez este seja o momento de me despedir de vez do passado, de seguir em frente, de encontrar a minha própria felicidade. Afinal, a vida é feita de ciclos, e cada fim é também um novo começo.