A sede se intensificava a cada momento, tornando-se quase insuportável. Em um ato de desespero, apertei com força a mão da minha querida amiga Fátima. Ela se inclinou sobre mim, e com a voz embargada, sussurrei:
“- Água…”
Fátima me envolveu em um abraço apertado, e senti suas lágrimas quentes caírem sobre meus lábios. Naquele instante, uma estranha sensação me invadiu. A sede desapareceu, dando lugar a uma paz profunda e serena.
Algo havia mudado, algo fundamental. A escuridão que me cercava parecia mais acolhedora, e a dor que me consumia se transformou em uma doce lembrança. Senti que estava pronta para partir, para seguir em frente, para encontrar a luz que me aguardava do outro lado.