É emocionante perceber a excitação que me toma ao escrever, a cada palavra e frase que brota de minha mente. Porém, entendo que para alcançar meus objetivos, é preciso encontrar a calma, algo que, confesso, me falta na prática, como bem sabem aqueles que me conhecem.
Por isso, decido focar toda essa energia em um propósito claro: tudo que eu escrever será utilizado de alguma forma em meu livro, seja neste ou em outros que virão. Sim, agora sei que não pretendo mais parar, principalmente depois de receber alguns elogios que me encheram de confiança e determinação. Afundei de cabeça nessa jornada literária, entreguei minha alma às letras e me afoguei em sentimentos confusos e contraditórios, uma sensação deliciosa e envolvente.
Minha pele está sensível ao toque, seja do vento, das roupas ou da água que desliza sobre mim, e isso me proporciona imenso prazer. A paixão que sinto, aparentemente eterna, agora encontra seu foco nas palavras, preparando-se para um futuro incerto, guiada por diferentes necessidades e ansiedades, em momentos distintos e decisões variadas.
Seja o destino mostrando-nos que estamos errados ao insistir ou ao desistir, nunca saberemos o resultado até enfrentarmos as escolhas. E minha decisão é seguir o caminho das letras, buscando minha felicidade sem me contentar em ser rotulado como especial quando desejo ser visto de outra forma. Não quero buscar o que não posso oferecer, mas sim me identificar mesmo quando parecer ridículo.
Meu destino é a liberdade, ter meu próprio espaço, ir além, mesmo que seja em lugares próximos. Não quero ser uma peça de museu, mas sim experimentar tudo o que tenho direito, afinal, não sou diferente ou superior para não passar pelas experiências que todos enfrentam.
Aceito que meu destino pode ser marcado pelo ferro das circunstâncias, e isso pode ser interessante se tiver coragem suficiente para inflar o peito e dizer: “Está uma bela lua lá fora”.
– Cristiano Ricardo