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Na última terça-feira, dia 22, a empresa suíça Roche divulgou sua parceria com a americana Eli Lilly para desenvolver um exame de sangue capaz de detectar a doença de Alzheimer. O objetivo principal é obter uma aprovação rápida nos Estados Unidos, visto que as gigantes do mercado pretendem criar e comercializar os primeiros medicamentos para desacelerar o declínio cognitivo progressivo causado pela doença incurável.
O exame, intitulado Elecsys Amyloid Plasma Panel, buscará medir os níveis de uma determinada proteína no sangue que tem sido associada ao início da doença de Alzheimer. Vale ressaltar que este teste não tem a intenção de ser utilizado de forma independente, pois ainda são necessários mais testes confirmatórios para a doença de Alzheimer.
De acordo com a Roche, um diagnóstico mais rápido contribuiria para que os pacientes recebam os melhores recursos disponíveis, uma vez que a doença de Alzheimer, assim como outros processos de demência, apresenta uma série conjunta de sintomas. Caso o teste seja negativo, pode evitar testes caros e invasivos que confirmam a doença de Alzheimer.
Matt Sause, executivo-chefe da Roche Diagnostics, afirmou: “estamos muito felizes em colaborar com a Lilly em um foco de necessidades médicas não atendidas”. O teste “tem o potencial de agilizar a jornada de um paciente ser diagnosticado” e, segundo ele, pode contribuir para agilizar o acesso aos tratamentos.
Os tratamentos para a doença de Alzheimer são anticorpos monoclonais com mecanismo de ação em determinada proteína, que se acumula no cérebro daqueles com a doença. Identificar a doença de forma precoce pode ser fundamental para ajudar a preservar as áreas afetadas e manter a fisiologia do cérebro, retardando a progressão.
No entanto, esses tratamentos são bastante caros e podem ser de difícil adesão por serem administrados por via intravenosa. Além disso, parecem retardar apenas modestamente o declínio cognitivo.
A Lilly está em estágios finais de um estudo clínico para uma molécula com foco em Alzheimer com alvos semelhantes e juntamente com a Roche buscam a aprovação regulatória dos EUA para o teste. As companhias pretendem enviar os dados dos estudos clínicos em 2025. Até lá, a Roche informou que recrutará várias centenas de voluntários com sinais precoces de demência para testar o tratamento e coletar dados, conforme a Reuters noticiou.
A doença de Alzheimer é um tipo de demência que afeta a memória, o pensamento e o comportamento das pessoas idosas. Sua causa ainda é desconhecida, mas pode estar relacionada a fatores genéticos e ambientais. A doença de Alzheimer se caracteriza pela degeneração das células nervosas do cérebro e pelo acúmulo de proteínas anormais chamadas beta-amiloides e emaranhados neurofibrilares. Essas alterações levam à perda progressiva das funções cognitivas e à dificuldade para realizar as atividades diárias. Atualmente, não há cura para
