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A excreção de medicamentos é o processo pelo qual o organismo elimina fármacos e seus metabólitos. As principais vias de excreção são a renal e a hepática, embora outras vias, como a pulmonar, a salivar e a láctea, também possam contribuir para a eliminação de alguns fármacos. A função renal e hepática desempenha um papel crucial na excreção de medicamentos, e a avaliação dessas funções é fundamental para determinar a dose adequada e evitar o acúmulo e a toxicidade.

Eliminação Renal:

A eliminação renal ocorre principalmente através da filtração glomerular, secreção tubular ativa e reabsorção tubular passiva. Fármacos hidrossolúveis e de baixo peso molecular são facilmente filtrados pelos glomérulos e excretados na urina. A secreção tubular ativa transporta ativamente alguns fármacos do sangue para o lúmen tubular, enquanto a reabsorção tubular passiva pode levar à reabsorção de fármacos lipossolúveis de volta para a circulação sistêmica.

Eliminação Hepática:

A eliminação hepática ocorre através do metabolismo e da excreção biliar. O fígado metaboliza fármacos em metabólitos mais polares, que são excretados na bile e eliminados nas fezes. Alguns fármacos são excretados inalterados na bile e podem ser reabsorvidos no intestino, sofrendo circulação entero-hepática.

Importância da Avaliação da Função Renal e Hepática:

  • Função Renal: A insuficiência renal reduz a capacidade de eliminação de fármacos pelos rins, aumentando o risco de acúmulo e toxicidade. A avaliação da função renal, através da estimativa da taxa de filtração glomerular (TFG), é fundamental para ajustar a dose de medicamentos em pacientes com insuficiência renal.

  • Função Hepática: A insuficiência hepática compromete o metabolismo e a excreção biliar de fármacos, podendo levar ao acúmulo de fármacos e metabólitos tóxicos. A avaliação da função hepática, através de testes como aspartato aminotransferase (AST) e alanina aminotransferase (ALT), é importante para ajustar a dose de medicamentos em pacientes com insuficiência hepática.

Ajuste de Dose em Pacientes com Insuficiência Renal ou Hepática:

O ajuste de dose é essencial para garantir a segurança e eficácia do tratamento em pacientes com insuficiência renal ou hepática. A dose, a frequência de administração ou ambos podem ser ajustados, dependendo do fármaco, da gravidade da insuficiência e das características do paciente.

A excreção de medicamentos é um processo complexo influenciado pela função renal e hepática. A avaliação dessas funções é crucial para determinar a dose adequada e evitar o acúmulo e a toxicidade. A individualização da dose e o monitoramento da resposta terapêutica são essenciais para garantir a segurança e eficácia do tratamento em pacientes com insuficiência renal ou hepática.

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