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Como eu me senti?

Amada, eu não consigo te explicar muito bem, talvez vergonha pelo abuso de meu corpo, as vezes acredito realmente que sim, pela dor sentida, pela ví­tima que inocentes, do só se ter como fazer justiça por não justificar o erro de quem ainda não sabe que erra, por falta de oportunidade ou excesso de luzes coloridas.

Fiquei lá, sem a presença das luzes azuis e brancas e sem o cheiro da lavanda, fiquei lá, e permaneci lá, por longos e longos tempos…

Mas agora estou fora, e apenas luzes azuis e brancas do cheiro de lavanda e da voz doce que me comanda para a justiça que prevalece…

Fatos ocorridos foram resolvidos, mas não é importante entrar nesses detalhes pois seriam prolongados e poderiam parecer fantásticos para você, minha querida… que é tão inocente, e provavelmente a mais inocente das criaturas e por isso, te protejo, e por isso, deixei uma caixa de lenços de papel, que estão cuidadosamente colocados dentro do teu armário, o tempo não está bem, sei que você não pegará gripe, pois já está vacinada, aliás, excelente atendimento da clí­nica, escolha perfeita, eu só poderia escolher melhor.

Veja também a foto que tirei, está debaixo de seu travesseiro, e junto a ela, a própria flor da foto, que antes estava viva e hoje apodrece ao teu lado, velando o teu sono.

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