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Os anos foram se passando em Vlaadmerka, Seh-ja evitava com todas as forças que o formoso Resfor fosse colocar seus olhos sobre o vish Percellus… o mesmo Shur fazia com Percellus, evitando que seus olhos cinzas fossem percorrer Resfor.

Até o dia em que uma tempestade se formou por sobre Vlaadmerka, e tamanha era a tempestade se formando, que todos da cidade entraram em grande desespero.

Shur saiu do castelo que fez para seu filho e foi ao encontro da tempestade, Seh-ja que estava vindo pela estrada, vindo de um encontro com o rei, também se assustou com a tempestade, mas viu Shur indo de encontro a ela, e então decidiu acompanha-lo de longe.

Então, bem próximo a uma grande nuvem negra, Shur abre a boca e diz, calmamente:

– O que tu queres em Vlaadmerka?
– R-e-s-f-o-r. – responde a nuvem

Ao ouvir o nome de seu filho, Seh-ja corre de encontro a nuvem, mas ainda escondendo-se e aguardando resposta de Shur.

– Ele ainda não é homem, não pode fazer nada! – responde Shur , com bravura
– R-e-s-f-o-r – diz a nuvem novamente
– Não permitirei que toque no garoto! – grita Shur com a nuvem, e tirando uma fita branca que levava amarrada nos cabelos.

Seh-ja, por sua vez, levanta a espada que havia ganho do rei e aparece frente a nuvem, pouco atrás de Shur, e dá um forte brado:

– Tu não tocará em meu filho!!!

Assim, a nuvem se transforma em furacão, arrastando Seh-ja e Shur, levando-os para vem alto, tão alto que eles viram o céu que hora era azul, tornar-se negro, como a noite.

A fita que Shur levava na mão é lançada fora pela força do vento, então Shur grita a Seh-ja:

– Bhrahi, liberte a tua alma que assim, eu poderei salva-lo, mas antes, liberte a minha – Abrindo a camisa e apontado para um pequeno losango branco, que estava em seu peito.

Seh-ja não entendeu, mas sua mão se levantou e mesmo com tamanha força de vento, conseguiu elevar a espada, atravessando Shur, exatamente naquele ponto.

Sentindo a espada de Seh-ja, atravessar sua carne, Shur, com lágrimas nos olhos, diz:

– Isso, e depois faça o mesmo contigo…

Caindo ao solo, seu corpo, sem vida…

Seh-ja, temeroso, mas consegue pegar a espada e a coloca dentro de sua boca, forçando-a de cima para baixo, assim, tem o seu corpo, também sem vida caído ao chão.

A tempestada, que hora se formara, e se transformou em furacão, acaba, e se transforma em arco-íris.

A alma de Shur surge, levanta a alma de Seh-ja, e não permite que ele seja levado pelas sombras negras que o aguardavam, então, Shur diz a Seh-ja:

– Agora estamos mortos.

– Cristiano Ricardo

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