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Bhrahi Vlaadmerka! Escutai o que o velho tem a dizer!

  • Bhrahi?? Como??? Vlaadmerka nunca foi grande, não passa de um povoado à espera de um tirano!
  • Cala-te! Sheera, tu não te afoites! Ou então, deveras terás a tua cabeça cortada!
  • Imagine mamãe, ainda serei dona dessa terra e da alma desse povo!
  • Aaka, filha, aaka! Antes vamos escutar ao velho profeta.

E assim, do outro lado da feira, já se ouvia o velho de Gales… e ele dizia:

Grandes mudanças para Vlaadmerka, desde agora…

(alaridos de contentes eram escutados)

Vlaadmerka passará pelas mãos de uma pessoa que agora me escuta…

(mais gritos de alegria ecoavam pela cidade)

E por conta da maldade que se inicia, Vlaadmerka receberá uma chuva que irá destruir a todos vocês!

(um silêncio tomou conta e foi se modificando em pedras, assim, o velho profeta fora morto, ao centro de Vlaadmerka…)

A notícia se espalhou rapidamente, como fogo em palha seca. O povo, antes cheio de esperança, agora estava dividido entre o temor e a descrença. A praça central, que há pouco tempo fervilhava com risos e conversas, transformou-se em um mar de sussurros apreensivos.

– Mamãe, por que alguém mataria o profeta? Ele só queria nos avisar! A jovem Sheera, ainda abalada pelo que presenciara, perguntou à mãe, cuja expressão estava sombria.

– Porque, filha, a verdade é difícil de ser aceita, e o medo leva as pessoas a cometerem atos terríveis.

Enquanto isso, nas sombras das muralhas, figuras encapuzadas conspiravam. Entre elas estava Ravion, um forasteiro de intenções obscuras que há meses infiltrava-se na cidade, ganhando a confiança dos mais influentes.

– O profeta revelou mais do que devia, disse Ravion, com um sorriso pérfido. Agora, com a sua morte, Vlaadmerka está pronta para ser tomada.

Sheera, ouvindo a conversa às escondidas, sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Decidiu que não podia ficar parada. Ela precisava agir para proteger sua terra e seu povo.

Na escuridão da noite, Sheera procurou o antigo livro de profecias, guardado na biblioteca da igreja, acreditando que nele encontraria uma maneira de salvar Vlaadmerka. Enquanto virava as páginas amareladas, encontrou uma passagem que falava de uma jovem destinada a liderar seu povo contra as trevas.

– Sou eu, sussurrou Sheera para si mesma. Eu devo ser a líder que Vlaadmerka precisa.

Com o livro em mãos, Sheera sentiu uma nova determinação florescer dentro dela. Ela sabia que o caminho seria perigoso e cheio de sacrifícios, mas estava pronta para lutar pelo futuro de Vlaadmerka.

E assim, enquanto as nuvens escuras começavam a se formar no horizonte, Sheera saiu para reunir aqueles que ainda acreditavam na esperança e na luz, preparando-se para a batalha que decidiria o destino de sua amada cidade.

 

– Cristiano Ricardo

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